A Câmara do Marco de Canaveses começou a desligar a luz pública em alguns pontos da cidade para compensar as dificuldades financeiras, confirmou à Lusa o presidente da autarquia.
Segundo Manuel Moreira (PSD), a câmara está com grandes dificuldades, porque herdou uma situação de falência técnica, com uma dívida de 45 milhões de euros, do tempo em que era presidente da edilidade Avelino Ferreira Torres.
O autarca sublinha que o corte anunciado para 2011 de 1,4 milhões de euros nas transferências do Orçamento de Estado acentuou as dificuldades do município do Marco de Canaveses.
Segundo Manuel Moreira, várias zonas da área urbana estão já a ser afetadas, com os pontos de luz de várias artérias a ser desligados a partir da meia noite.
“Estamos a ver com a EDP onde é que pode reduzir-se o consumo. Estamos a fazer isto de forma conscienciosa e ponderada para não pôr em causa o conforto e a segurança da população”, explicou à Lusa o presidente da autarquia.
Os cortes em vários pontos de luz vão estender-se até ao fim do mês a todo o concelho.
“Vamos ver o que conseguimos poupar com esta medida”, afirmou, revelando que a sua autarquia gasta em iluminação pública mais de 200 mil euros por cada trimestre.
Outra medida que a autarquia tomou para reduzir o consumo de eletricidade foi não ter colocado iluminação de Natal na cidade, exceto um pequeno arranjo junto aos paços do concelho para assinalar a quadra.
“Temos muita pena, porque o Natal é sempre um momento importante para a cidade”, anotou o edil.
Também no âmbito desta medida de poupança, deverão ser instalados 25 reguladores de fluxo luminoso na cidade e tem-se reforçado o controlo no consumo de energia nos equipamentos municipais, a começar pelos paços do concelho, estendendo-se às escolas, piscinas, pavilhões e aos estádios de futebol.
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